Às vezes, eu queria ser uma amiga minha qualquer, e ter uma Lady
Blue inspirada escrevendo para mim.
Aí eu poderia ler um texto no blog O Mundo de Lady Blue, que
iria me mostrar a realidade, mas, ao mesmo tempo, acalentar meu coração.
E aí eu ia lembrar que a vida é bem mais simples. Por que a Lady
Blue, que é foda, me lembrou disso – afinal ela já internalizou isso tudo. Ela
sabe que as pessoas podem fazer tudo, são capazes, são super humanos. E sabe
também que muitas delas ainda não sabem disso, e provavelmente nem saberão, e morrerão
sendo fracas e pequenas. Mas nada disso teria muito importância, porque o que vale
mesmo para ela é o sentimento, o vento, a impossibilidade e o novo. E as
risadas.
Ela me lembraria de que nada adianta chorar. Aliás, que nem
há motivos para isso.
E para todos os babacas que cruzam o meu caminho, ela me
ensinaria alguma frase de efeito matadora e, me diria para explodir os imbecis
da minha vida.
Até porque, como ela bem destacaria, essa gente não faz
parte. Siga adiante.
E quando, mesmo com tudo isso, eu continuasse a sofrer, a Lady
Blue me chamaria para sair, para dançar, beberíamos, riríamos, e todas as luzes
brilhantes e coloridas iluminariam a minha vida. E a dela também (na verdade, a vida dela é sempre brilhante e colorida).
Ah, como eu queria ser a Lady Blue!
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Sempre me lembro do filme Quero ser John Malkovitch.
Acho instigante a ideia de estar dentro da cabeça dos
outros, de ver o mundo pelos seus olhos.
E como seria entrar na própria cabeça, você vendo suas
ideias, vendo através dos seus próprios olhos.
É quase um Escher!
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Sim, eu sou Lady Blue. ;)