segunda-feira, 13 de junho de 2016

Para quê tanto ódio?


Já não é de hoje que ando seriamente preocupada com a humanidade. (Ok, quem sou para me preocupar com isso? Tenho meus problemas, e provavelmente minhas ações aqui no meu mundinho pouco afetarão o mundão lá fora). As pessoas estão completamente armadas. Eu vejo isso nas falas dos amigos, nas postagens das redes sociais.
A imagem que me vêm a cabeça é do pulmão dos fumantes: escurecido. Mas ao invés do pulmão, parece que o coração é que está doente.
De uns quatro anos para cá, eu já percebo essa fúria. Mas até um tempo atrás, eu pensava que essa animosidade toda estava vinculada a temas políticos: esquerda, direita, petralhas, coxinhas... Depois, às questões de gênero e opções religiosas. Mas não, o ódio está em tudo.
É uma inveja disfarçada de desdém agressivo. É um “não tenho o que eu quero, então você que tem isso deve sofrer”. “Você não reclamou do calor? Tomara que seu chuveiro queime no frio”. É um despeito disfarçado de jeitinho descolado. Todos têm uma ironia matadora, um sarcasmo, prontos para atingir aquele que está indefeso sem pedras na mão. A impressão que tenho, é que por trás dessas frases “engraçadinhas” existe um ódio, um desamor, que são muitos mais sombrios e contagiosos, e que corroem quem os diz, e tenta macular quem os lê.
Certamente não é esse mundo que quero para mim. Cada dia, entrar no Facebook ou no Twitter, para mim, é cada vez mais um show de horrores. A cada dia, deixo de seguir perfis rabugentos. Não excluo. Sei que há pessoas interessantes por de trás desses perfis, sei que a vida real não é uma rede social. Mas claro, chega um momento em que se passa acreditar naquilo que se diz, ou, no caso das redes, naquilo que se escreve. E temo pelo momento em que até na vida real tenha que deixar de seguir mais e mais pessoas.
Se você leu aqui, pense a respeito. Que tal encher o mundo com mais amor, empatia, solidariedade, coisas engraçadas (mas não ofensivas), enfim, tudo aquilo que nos melhora, nos acalma, e torna nosso ambiente melhor? Se você conhece pessoas que fazem isso, tente explicar.
Que tal tiramos essa nuvemzinha de cima de nossas fotos de perfis? Amor de todos os jeitos: amantes, amigos, parentes. Vamos cultivar o amor. Não acredito num Poliana way of life, mas caramba, para que trazer sofrimentos e amarguras desnecessários? Para que tanto ódio?
#ficaadica

*****

Acho que tem uma música tudo a ver com isso. “Sowing the seeds of Love”, Semeando as sementes do amor, do Tears For Fears. Vamos tentar?



*****

Também tenho meu lado malzinho. Cometo minhas besteiras, mas sinceramente, já algum tempo não quero que isso seja minha marca registrada. Expô-las na internet, nem pensar! Guardo esses momentos para pessoas muito íntimas, que sabem brincar comigo. Afinal, não quero ofender ninguém.

*****

Não dê força àquilo que você não gosta. Lembre-se:
O oposto do amor não é ódio, mas a indiferença (Érico Veríssimo)