quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ai, a Beleza… Fundamental, não?

Hoje ouvi, após muito tempo, uma música da Cindy Lauper, que se chama True Colors.
Basicamente, diz para nos mostramos ao mundo como somos, com todas as nossas cores, e não se deixar apagar ou escurecer pela loucura que nos cerca.
E isso tem tudo a ver com beleza.
Afinal, o que é a beleza? Há quem diga que é simetria de traços. Ok, então podemos dizer que um quadrado é o melhor representante da beleza, certo?
Cor é beleza? Então porque há tantos admiradores de fotografias em PB?
Beleza é harmonia. Quando olhamos para um animal, descabelado, com machas assimétricas, mas que vem todo contente em nossa direção é difícil segurar o comentário: “Que lindo! Que fofo!”
Quando vamos a uma praia, principalmente daquelas pouco freqüentadas, ainda meio selvagens, é impossível não se impressionar com a beleza do local.
E o que esse local ou aquele bichinho têm em comum? Harmonia. Eles são o que são, não vão mudar, estão satisfeitos – aliás creio que nem pensam, nisso na verdade. Um cachorro sabe bem o que é, não se confunde com um gato ou um cavalo – não mia, não relincha, não pia – apenas late. A vaca pode até tossir, mas certamente não vai rugir. Não seguem tendências, não fazem plástica, não se preocupam com rugas. Mas sempre acertam no modelito – ou vai me dizer que as florestas da Mongólia erraram nas flores para, como se pode ver no filme Herói?
Beleza vai além do físico; este é apenas uma pequena manifestação dela – beleza é amor próprio é equilíbrio, é alegria e vontade de viver.
Quer ser belo? Quer arrasar? Busque harmonia – ela vai transparecer nos seus olhos, no seu sorriso, e vão mostrar ao mundo suas verdadeiras cores.
Harmonia é imprescindível! E aí, teremos que concordar com o poeta, e dizer que beleza é fundamental sim.
Irresistível, não?

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Há também aqueles não vêem beleza em nada. Foram tão corroídos pela própria desarmonia, que além de não serem mais belos, não permitem a beleza em nenhum lugar. Rezemos por eles.

sábado, 16 de outubro de 2010

Sumida!


Acho no mínimo engraçado quando dizem para mim: “Nossa! Você está sumida!” Eu realmente não entendo. Todo dia eu olho no espelho – e sempre me vejo lá, refletida. Ou seja, realmente não me desintegrei, continuo parte deste louco mundo. Sumida... O que de fato isso quer dizer?
Pois, quem me conhece sabe, eu não fico muito tempo indo aos mesmos lugares – eu enjôo, e normalmente antes que isto aconteça, de modo a que no futuro eu possa lá voltar feliz e contente, dou um tempo.
Outra coisa: eu sou loucamente apaixonada por mim mesma. Sim é verdade, considero Lady Blue um grande exemplo de mulher, de ser humano, etc. E por isso há momentos em que aprecio a minha própria companhia, exclusivamente. Adoro ver gente, sair, conversar, mas há épocas em que eu realmente me basto.
E quando estou com as pessoas, sempre estou com novidades para contar, coisas que elas não puderam experimentar junto comigo.
Mas quero deixar bem claro: eu amo meus amigos! E o fato de não vê-los ou não falar com eles regularmente não significa que eu tenha me esquecido deles. Aliás, eu amo a humanidade. Acredito totalmente no potencial do ser humano.
Agora, você diz que eu estou sumida... Hum... Você me telefonou? Você mandou email, sms, recadinhos por redes sociais, blogs? Você veio me visitar? Não, né... Então, quem está mesmo sumido? ;-)

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Aliás, uma informação: eu trabalho bastante. Eu gosto do(s) meu(s) trabalho(s). Não sou workaholic, mas gosto que saia tudo bem feito. Além do mais, tenho minhas ambições e, sinceramente, não fico contando com alguém para me financiar. Portanto, eu me dedico ao meu trabalho. Assim, sumida talvez não termo apropriado, e sim, quem sabe, concentrada em meus afazeres, em mim mesma.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Isso pode, aquilo não pode


Ultimamente, eu tive uma dose cavalar de regras sobre o que pode e o que não pode. E isso, lógico, gerou um conflito em minha pessoa enquanto ser humano e mulher. Primeiro, porque tive uma criação livre. Desde pequena, o que sempre ouvi de mamãe foi: “Tudo pode; mas já se você deve ou não deve fazer, se será inconveniente ou trará alguma conseqüência desagradável, isso você decide”. Então, para mim, eu posso tudo, você pode tudo, todos podem tudo.
Infelizmente, eu ainda julgo algumas possibilidades das pessoas – estou me esforçando para abandonar essa atitude, quem sabe amanhã será diferente. Acho isso chato, aqulo é brega, etc, mas na verdade, pouquíssimas coisas me incomodam mesmo. Mas uma dessas poucas coisas é justamente essa imposição de regras convencionais, mundanas, e porque não dizer, medíocre.
Assim, se você quer andar pelado por ai, por mim está tudo certo – lembre-se apenas de que ser for em lugares públicos você corre o risco de ser preso por atentado ao puder. Ou seja pode ficar pelado, mas na rua não deve, concorda?
Se você quer sair com oito pessoas, seja justo, claro, e corajoso. Assuma isso para todos os envolvidos. E ai cabe a eles decidir se topam esse tipo de relação ou não. Ou seja, poder pode. Deve?
Você pode mentir na entrevista de emprego e dizer que é programador sênior de bancos de dados, quando apenas sabe alimentá-los. Mas aí, meu caro, lembre-se de estudar muito, para não fazer feio caso seja contratado. Não pode? Claro que pode!
Uma lésbica te olhou interessada. Você é hetero. Uai, não dê brecha para a moça, mas não a impeça de querer algo. O fato é que ela não vai conseguir, mas sim, ela pode desejar.
Diga a verdade, você tem dificuldade em acordar cedo. Nem todos nasceram para madrugar, e acredite-me, Deus ajuda mesmo assim. Não pode dormir até tarde? Pode sim, mas lembre-se de não marcar nada para o período matinal, e de desligar o celular antes de dormir, lá pelas 6h da manhã ;-).
Você está jantando fora, em São Paulo, e decide que quer ir para Santos, olha o relógio e é meia-noite e meia. Pode? Lógico que pode, mas provavelmente você terá de ter um carro para isso. Mas não perca a chance de aventurar-se pelo mundo. Minha dica é ter um kit básico para sobrevivência na bolsa ou na mochila (no meu caso, o kit contém escova de dente, pente, maquiagem e pendrive).
Enfim, a lista seria imensa. Pois, afinal, TUDO PODE!
Helloooouuu – estamos no século XXI. Acorda pra Jesus, minha gente!!! (ou para Alá, Odin, pra Deusa, pro Capim Santo, whatever). Ou será que eu vivo numa sociedade de débeis mentais incapazes de perceber que na verdade tanto faz, se você não tem amor no coração e liberdade na cabeça, faça ou deixe de fazer o que for, estará sempre infeliz?

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Agradeço aos meus pais por ser livre e tudo poder!



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Dica de filme: Os Idiotas

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eu não vou me preparar para um mundo de baixa qualidade

Realmente não vai dar. E se para isso eu tiver que abrir mão de algumas coisas que eu quero, beleza, assim será. Afinal perto de mim, eu quero pessoas que também saibam que são mais do que este mundo quer que sejamos, que sejam livres, que sempre vejam opções e possibilidades.
Quanto mais passa o tempo, é impressionante o número de pessoas adultas que ainda deseja se enquadrar... “Mas e seu eu agir um pouco diferente? E se eu me mostrar assim ou assado?” Ah, para que? Para que uns seres medíocres fiquem orbitando ao seu redor?
Não, obrigada.
Eu partilho daquela idéia do filme Corpo Fechado: se existe alguém tão fraco, deve existir alguém forte. Assim se existe gente tão desinteressante deve haver pessoas interessantíssimas.
Então, me perdoe, mas eu não vou acordar cedo para parecer responsável. Eu sei as coisas com a quais me comprometo, e delas venho cuidando numa boa, no meu tempo.
Eu não vou fazer papel de mocinha cocota pra agradar homens machistas e que vivem na Idade da Pedra. Sou livre, faço o que gosto e quando tenho vontade.
E não vou mudar minhas roupas, meu cabelo, minha forma de tratar meus amigos e família, minhas piadas incorretas, apenas para ficar quites com esse mundo pequeno e sovina.
E se você é meu amigo, e insiste nisso, cuidado, um dia você pode treinar tanto que vai estar preparadíssimo para essa baboseira. E longe, longe de mim, afinal quem me conhece sabe: eu sei como desaparecer na bruma.

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Liberdade é opção, e ter opções, criar opções. Então não me venha com: “Eu não tive escolha...” Assuma logo que escolheu fazer determinadas coisas. Assuma que também é livre. É tão bom! Deve ser por isso que estou sempre sorrindo... é o efeito Liberdade!

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Escrito num fim de tarde chuvoso e escuro (sem energia elétrica!) na Floresta Encantada.

domingo, 3 de outubro de 2010

Rock’n Roll!


Sexta-feira passada assisti a um show muito bacana, na Livraria da Esquina. Trata-se de As Radioativas.
Aliás, as três bandas da noite (Filhos de Inácio e Red Light Gang, são as outras duas) foram muito legais. Mas fazia tempo que eu não sentia uma vibração tão rock’n roll, tão visceral como a das meninas da banda.
Eu conheci a vocalista, Taty The Sex Maker, num estúdio há uns meses e até pensei que se tratava de apenas mais uma garota que ia tentar fazer algum sucesso com uma banda, mas não ia dar em nada. Mas que nada, a postura dela é cativante, as músicas são bacanas, daquele tipo que você quer ter para ouvir em casa, e o show empolga mesmo.
Isso sim me faz feliz!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Los amores de Paco me vuelven loca! (*)


Novela realmente me faz mal. Tudo bem, pode ser engraçado mas eu sempre me pergunto até que ponto o que passa na telinha é somente uma história, um reflexo ou ainda inspiração para a vida real.
Eu não faço o tipo mocinha romântica ao extremo e costumo ser mais prática do que sonhadora. Mas ver casais que aparentemente se amam serem impedidos de ficar juntos por que outra pessoa assim quer, me deixa muito deprimida. Eu pensei a respeito e cheguei à conclusão que ou é coisa de outra vida ou foi o fato de eu assistir aquele filme Amor sem fim quando era muito pequena – sofri demais com aquela história. Ou vai ver que é realmente algo da outra vida que me fez sofrer com o filme também.
O fato é o seguinte: Eu comecei a ver, de vez em quando, a novela Tititi, pois um conhecido meu atua lá (Tumura).  Não assisto regularmente, mas tenho pegado os enredos principais, sempre na tentativa de ver o trabalho do cara.
Bem, na novela tem a Marcela, que finge que está grávida do Gusmão. O Gusmão morreu, quando deu uma carona para ela e toda a família dele achou que ela era uma namorada que ele ainda não tinha apresentado – e “adotam” a moça. Então ela conhece o Edgar, irmão do Gusmão, que está para se casar com a Camila. E os dois, Marcela e Edgar se apaixonam. Mas além de estar noivo, Edgar também se engraçou com a Luiza, esta sim mulher perigosa, mais vivida e que quer as coisas do seu jeito.
Bem, para começar, o Edgar é um fraco. Cede às pressões alheias, da sua família supostamente tradicional, e não desmancha seu noivado (noofa, que escândalo isso seria!!!). Não conta para ninguém que está afim da Marcela. Esta continua mentindo para todos (menos para o Edgar) sobre o pai do seu filho, e somente na véspera do casamento resolve que realmente quer ficar com o Edgar. Então, no dia do casamento os dois fogem, mas a Luiza, que faz o tipo “se não fica comigo não fica com ninguém” arma a maior confusão, coloca até a mãe do moço na jogada, só para o casalzinho não conseguir ser feliz. E fim, eles não fogem. A Camila sofre, mas está mais interessada na peruagem do casamento do que no noivo em si. Então, ela não me preocupa muito. Mas a maldade da Luiza, a fraqueza do Edgar, nossa isso realmente me deixa doente.
Ok, isso é novela, e provavelmente eles vão ficar juntos no fim, e serão todos felizes para sempre. E sim, eu acredito no amor, e acho que as coisas são mais fáceis do que parecem, quando as pessoas certas estão envolvidas no caso.
Mas eu realmente chego a ter ânsia de vômito quando penso que essa história poderia ser realidade. Quanta gente fraca e má! Pra quê, posso saber?
Por favor, pessoas, não sejam assim. Com nada, no amor, com os amigos, no trabalho, com a família. Sejam benevolentes e sinceros. É mais fácil, e não gera carmas.

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Já falei a respeito dos hormônios? Eu diria que luto diariamente para que eles não me controlem, mas muitas vezes perco. E TPM – alguém já ouviu falar? Será que eu estou sob o efeito dessa síndrome? Será que o mundo não tem solução? Será que chegaremos a uma resposta sobre o sentido da vida? De onde viemos? Para onde vemos? Será alguém capaz de me defender? (Não, o Chapolin Colorado, please!)



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(*) Minha avó sempre soltava essa frase quando alguém dizia alguma coisa sobre um amor não correspondido... Hoje fui atrás e achei um uma página que fala da cultura da Montaña Palentina, e aborda esses versinhos inclusive com o próprio lá.
Eram cantados por moças e moços destinados a seduzir um amor ou lamentando a falta dele, com acompanhamento de instrumentos de percussão.

17-Los amores de Paco
Me vuelven loca
Yo me muero por Paco
Y.. Paco por otra.