quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

De volta para mim


Meus livros estão voltando para casa...
Quer dizer, eles estavam na casa dos meus pais, e hoje recebi três caixas cheias deles... Ainda há muito por trazer, mas começar a tê-los aqui comigo dá um acalento.
Umas semanas antes chegaram todos os que tenho da Agatha Christie... Fiquei triste apenas por não ter uma estante mais legal para pô-los. Mas o que importa é que eles estão aqui.
Aí, fui revendo minhas notas e achei esta aqui, de um livro da Anne Rice (a aquela da Entrevista com Vampiro, que também virou filme). Gosto muito desse trecho - e do livro também:

Ela sempre havia tido o costume de beber em excesso em ocasiões específicas. Costumava trabalhar muito nos seus estudos ou em campo por meses a fio, e então avisava que ia “fazer uma viagem à Lua!”, como dizia, e nesse período armazenava bebida e bebia durante diversos dias e noites. Suas bebidas preferidas eram aquelas com sabor e doçura – rum de cana-de-açúcar, conhaque de damasco, Grand Marnier, ad infinitum.Tornava-se introspectiva quando estava alcoolizada. Cantava, escrevia e dançava muito nesses períodos, e exigia que a deixassem em paz. Se ninguém a contrariasse, não haveria problema. Mas uma discussão poderia causar ataques histéricos, náusea, desnorteamento, um esforço desesperado de reconquistar a sobriedade e, finalmente, a culpa. Mas isso raramente ocorria. Em geral, ela simplesmente bebia uma semana inteira, sem ser perturbada. E então acordava um dia de manhã, pedia um café da manhã com café forte e, em questão de horas, voltava ao trabalho, aplicando-se talvez seis a nove meses sem repetir suas pequenas férias.No entanto, mesmo em ocasiões sociais, caso bebesse, Merrick bebia para se embriagar. Entornava seu rum ou qualquer bebida doce em coquetéis extravagantes. Não tinha nenhuma vontade de beber com moderação. Se déssemos um grande jantar na casa matriz, e dávamos muitos, ou ela se abstinha ou continuava bebendo até perder os sentidos. O vinho a deixava impaciente.
 (Rice, Anne. Merrick: romance. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. p.57)

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Repito algo que já disse antes: como é possível pessoas (alfabetizadas) que não leem, que não tem prazer em ler, o que seja, prosas, poesas, romances, biografias, quadrinhos...
É tão bom!

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Outra coisa: 2013 já é um ano melhor. Alívio!


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 Na foto, eu com uns livros :)

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