Aí eu escuto: “Puxa, você sabe aproveitar a vida né? Quero
ser como você”. Bacana. Às vezes até me sinto a tal com essa conversa. Mas o
que temos de fato nisso tudo? Temos o Sim e o temos o Não.
Como gosto de organizar informação, vício de bibliotecária,
vou colocar os pontos em ordem alfabética:
- O Não.
O uso do não deveria estar condicionado ao fato de você não querer
fazer alguma coisa. Então, eu te chamo para ir a um espetáculo, e você não quer
ir, a resposta mais adequada é o Não.
No entanto, o uso do Não me parece desvirtuado. Na verdade você quer ir. Mas junto com esse
querer, você pensa na conta para pagar, você pensa que pode pegar transito no
caminho, que tem que dormir, que tem acordar, que não levou a maquiagem na
bolsa... sei lá – arruma um motivo para mesmo querendo ir, você, adulto, responsável
e vacinado superar sua criança interior que quer dominar o mundo e recusar.
Há quem diga “eu queria tanto ir, mas hoje não posso”. Não posso???
Ah, pode sim, mas provavelmente remanejar o futuro vai dar um trabalhinho.
Sobre o “não posso” já discutimos um pouco naquele outro posto “isto non
ecxiste” ou qualquer coisa que o valha, aqui neste mesmo blog.
- O Sim.
Simples e claro, o Sim é libertador. O Sim é aquela
palavrinha que você usa para dizer na vida quem é mesmo que manda. E quando você
diz Sim, você se responsabiliza por tudo, sabe que dormirá menos, que via
gastar, que vai até trocar naquele momento, a companhia de uns por outros. Mais
que isso, o Sim permite sorrir, dá aquele gostinho de “oh, estou fazendo uma
loucura”, mas que a recompensa vem.
Quem me chama, sabe muito bem o que costuma ouvir: Sim.
Pronto, voltemos ao começo deste texto. Aí eu escuto: “Puxa, você sabe
aproveitar a vida né? Quero ser como você”.
Sim, eu aproveito a vida. Sim, eu aceito convites. Sim, eu
vou a shows. Sim, eu ando de bicicleta. Sim, eu viajo sozinha. Sim, vou de ônibus
ser for necessário. Sim, sim, sim, sim, sim e sim!
Quer ser como eu: diga sim!
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Como não lembrar do Barack Obama:
Yes, you can
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Convidei 19 pessoas diferentes para ir comigo ver o
espetáculo do André Abujamra. De graça, eu havia ganhado os ingressos. Eu iria
de todo modo, achei que seria uma pena desperdiçar o segundo ingresso (e
realmente teria sido, pois foi INCRÍVEL). Antes de bater o gongo, ouvi um Sim.
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Aliás, super recomendo:
Família Lovborgs – os russos
transcomunicadores
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Essa imagem do Snoopy é tão Sim
para a vida!
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